sexta-feira, 6 de julho de 2012

Aprenda a descartar embalagens da forma correta sem prejudicar o meio ambiente




Um terço do lixo doméstico brasileiro é composto por embalagens, os outros dois terços por comida. E 56% de todo o lixo plástico é feito de embalagens usadas. Só de sacolas de supermercado é distribuído 1 bilhão por mês no Brasil. No mundo todo é consumido 1 milhão de sacos plásticos por minuto. Agora junte os fatos: o plástico é um derivado do petróleo e leva séculos para se decompor, porém foi inventado há menos de 80 anos. Já dá para imaginar a quantidade de plástico que vaga por aí, em algum lugar do planeta. Mas esse não é o único vilão. Quando compactado, o isopor se reduz a quase nada, levando em conta que 95% de sua composição é ar, o que o deixa pouco atraente para a reciclagem. Sem outro jeito, ele acaba indo para os aterros e lixões, onde prejudica a decomposição do lixo biodegradável, já que não se compacta facilmente e pelo contrário, leva 400 anos para se decompor. A essa altura, você já deve ter uma reposta na ponta da língua sobre se precisamos ou não reduzir o uso de embalagens. Vai encarar o desafio?

O BEABÁ: REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR

O grito ecoou pelos quatro cantos do mundo. A prefeitura de São Francisco, no estado americano da Califórnia, anunciou que baniria de supermercados e farmácias as sacolas de plástico, que agora devem ser retornáveis, de material compostável (que pode ser transformado em adubo), como amido de milho ou papel reciclado. Baseado em projetos adotados na Irlanda e em Taiwan, Hong Kong criou a campanha permanente No Plastic Bag Day, algo como dia de não usar sacola plástica, marcado para a primeira terça-feira de cada mês, e instalou uma taxa por sacola consumida no supermercado, atitude também tomada pelo estado australiano de Victoria. Uma rede de supermercados em Tóquio adotou a idéia, depois que uma lei no país exigiu que os grandes varejistas se engajassem na luta pela redução das sacolas plásticas.

Ninguém nega que o desenvolvimento de matérias-primas de fontes renováveis seja de suma importância, até mesmo porque o petróleo não vai durar para sempre. O medo é que a cultura do biodegradável acabe deseducando a população. Qualquer que seja a embalagem, ela foi produzida e para isso consumiu matéria-prima, água e energia e emitiu carbono na atmosfera. As pessoas podem perder isso de vista, diz Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Moral da história: por mais que novidades apareçam, lembre-se do ensinamento: reduzir, reutilizar, reciclar.

O QUE VOCE PODE FAZER?

Quando for às compras, leve sua própria sacola. Prefira as embalagens com maiores quantidades para os alimentos não-perecíveis. Evite o embalado um a um. Dê preferência aos produtos com refil e aos retornáveis. Hoje já existem embalagens de cosméticos e produtos de limpeza de PET reciclado. Se a embalagem for de papelão, prefira o pardo, que pode ser feito de material reciclado e não passa pelo processo de branqueamento, muito poluente. Além do mais, o material mais bruto ainda contém substâncias da árvore, como a lignina, o que facilita sua degradação.

DEPOIS DO CONSUMO

Reaproveite as embalagens. Use sacolas de papel ou caixas de papelão para colocar o lixo. Se você é daqueles que se justificam quanto à sacolinha de supermercado, dizendo que a utiliza para botar o lixo, atenção: assim elas não vão parar de se proliferar e ainda vão atrasar a decomposição do que estiver dentro, já que demoram séculos para se desfazer.

O que não der para reaproveitar, separe para reciclagem. Você pode separar apenas o resíduo seco (papel, plástico, metal e vidro) do orgânico. Nas recicladoras, o material passa por uma triagem. Se você fizer a sua antes, de qualquer forma esse trabalho será feito outra vez. Quer ajudar? Deixe os resíduos o mais limpo e compactado possível. Se a coleta seletiva de sua cidade é capenga, saiba que cada vez mais surgem cooperativas de catadores que aceitam o material e que os pontos de coleta nas cidades estão crescendo, inclusive nos supermercados.

Fonte: Vida Simples
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